“Muitos estudos tentam fazer uma fotografia do Brasil a partir das capitais. Mas o Brasil vem crescendo no interior, nas cidades de médio porte. O Brasil real cresce mais no interior que nos centros urbanos” (Ministro Carlos Lupi).
Cláudio Vilemon
Discordo totalmente quando o excelentíssimo senhor Ministro do Trabalho Carlos Lupi diz: Que o Brasil real cresce mais no interior do que nos centros urbanos, quero ater-me ao nosso estado de Alagoas, mais precisamente em nossa capital Maceió, não precisa ir muito longe para presenciarmos cidadãos e cidadãs que deixaram suas terras natais por não terem o que comer e o que beber, há pouco dia assisti uma reportagem, em que famílias inteiras se encontravam em total abandono, vivendo de forma desumana, em um prédio que a bem pouco tempo atrás era sede do Batalhão de Transito, ao tempo que uma das moradoras foi entrevistada, e a mesma afirmou que tinha vindo do interior do estado, pois onde morava não tinha o que comer e beber, e não existia emprego nem tampouco renda para sobrevivência. Com a declaração do senhor Ministro fica um misto de desconfiança, afinal de contas, se não me engano, e geograficamente falando: Alagoas é uma das 27 (vinte sete) unidades federativas do Brasil, e o êxodo rural vem contado desde Vidas Secas, que é um romance de Graciliano Ramos escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em 1938. O livro aborda uma família de retirantes do sertão brasileiro condicionada a sua vida subumana, diante de problemas sociais como a seca, a pobreza, e a fome, e, consecutivamente, essa sua condição lhes obrigaram a viverem e a procurarem meios de sobrevivências, criando, assim, uma ligação ainda muito forte com a situação social do Brasil hoje.
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